O uso de drones para a pulverização de agrotóxicos nas plantações do Estado deve ser votado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) até o final deste ano. A informação foi dada na manhã desta sexta-feira (6), em primeira mão, pelo governador Elmano de Freitas, no palco do Cresce Ceará, evento promovido pelo Diário do Nordeste em parceria com o Banco do Nordeste (BNB) e a Enel.
“E, para não dizer que não falei, quero dizer aos colegas do agronegócio que aqui estão que, pelo que tenho de informação, a Assembleia, até o final do ano, vota e resolve esse problema, para termos condição de, com um drone, utilizar herbicida na produção de frutas e outras produções necessárias”.
Ao dar essa informação, Elmano foi bastante aplaudido pelo público. Ele ainda falou sobre a sua opinião sobre o assunto, pelo viés do trabalhador que, atualmente, faz a pulverização de agrotóxicos com um equipamento que carrega como uma espécie de “mochila”. “Não consigo conceber que a legislação permita que um trabalhador pode encostar [o equipamento] nas costas e vá usar herbicida, e não permita que o trabalhador com o drone o faça”.
“Evidentemente, para o próprio trabalhador é muito mais digno e muito mais cuidadoso com a sua saúde se ele estiver usando o drone e não carregando nas suas costas. Por isso, acredito que faremos esse avanço no agronegócio”, completou.
Fruticultores lutam pela liberação do uso de drones
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o cofundador da Agrícola Famosa, Luiz Roberto Barcelos, afirmou que um dos desafios para crescimento da produção e dos negócios no campo da fruticultura é a legislação de pulverização aérea como um problema sério para o desenvolvimento e crescimento do setor.
“Somos o único estado do Brasil que não se pode utilizar pulverização aérea. Atualmente existe a possibilidade de utilização de drones, que são seguros, mas aqui é proibido. Essa é uma restrição muito grande que prejudica a produção do estado”, reforça.