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Sesa promove ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais

O diagnóstico precoce dessas doenças pode salvar vidas

por gazetalitoranea.com.br
38 visualizações Da Ascom Sesa/Governo do Ceará
Julho Amarelo: Sesa promove ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais

As hepatites virais são infecções que causam inflamações no fígado. Entre os tipos com maior incidência no Brasil, estão as dos tipos A, B e C, cada uma causada por um vírus específico. Neste mês, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realiza a campanha Julho Amarelo para orientar sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das hepatites.

O médico epidemiologista e coordenador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (Cevep), Carlos Garcia, destaca que cada tipo de hepatite possui formas distintas de transmissão. “A hepatite A é transmitida principalmente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, pois o vírus se propaga pela via fecal-oral. Já os tipos B e C são transmitidos pelo contato com sangue contaminado, especialmente através de objetos perfurocortantes, como seringas e agulhas, além da transmissão sexual. A possibilidade de transmissão vertical da hepatite B, de mãe para filho durante a gestação ou parto, aumenta a necessidade de assistência pré-natal de qualidade”, explica.

Segundo o gestor, o curso clínico das hepatites também varia conforme o tipo viral. “A hepatite A é geralmente uma infecção aguda, autolimitada e que não evolui para formas crônicas. Já a hepatite B pode se resolver espontaneamente ou evoluir para complicações graves, como a cirrose hepática. A hepatite C também pode se tornar crônica e requer tratamento específico”, afirma.

Garcia reforça que os tipos A e B podem ser prevenidos por meio da vacinação, e que os tipos B e C contam com testagem disponível na rede pública de saúde, facilitando o diagnóstico precoce. “Além da vacina, manter boas práticas de higiene é essencial para prevenir a hepatite A. Já para os tipos B e C, é importante evitar o compartilhamento de objetos perfurocortantes e utilizar preservativos nas relações sexuais”, orienta o epidemiologista.

Testagem

A articuladora de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais da Sesa, Vilani Matos, destaca que o diagnóstico precoce dessas doenças pode salvar vidas. “As hepatites virais podem evoluir de forma silenciosa, muitas vezes sem sintomas aparentes nas fases iniciais. No entanto, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem levar a complicações graves, como cirrose, insuficiência hepática e câncer hepático”.

A periodicidade da testagem para as hepatites B e C depende do perfil do paciente e está disponível na Atenção Primária, nos postos de saúde dos municípios. “Pessoas que fazem uso de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) devem testar trimestralmente. Usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade, trabalhadores do sexo, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e imunossuprimidas devem se submeter à testagem a cada seis meses e as demais pessoas, ao menos uma vez na vida. A vacinação suspende a necessidade dos testes periódicos”, orienta.

Além da vacinação e da testagem, outra estratégia são as campanhas educativas, como o Julho Amarelo. “As campanhas, assim como a capacitação dos profissionais de saúde e o fortalecimento da vigilância epidemiológica também desempenham papel essencial na promoção da saúde e na eliminação das hepatites como problema de saúde pública, conforme as metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde até 2030”, pontua.

Vacinação

A principal forma de prevenção das hepatites A e B é por meio da vacinação. A vacina para hepatite B é indicada para todas as pessoas que ainda não tenham sido vacinadas, de todas as idades, em três doses.
Já o imunizante contra a hepatite A faz parte do calendário de vacinação infantil, no esquema de uma dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos — 4 anos, 11 meses e 29 dias).

Além disso, essa vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), para quem tem condições especiais, como imunossuprimidos, transplantados, pessoas em uso da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) ou quem convive com o vírus HIV ou Aids. O esquema é de 2 doses, com intervalo mínimo de 6 meses. No Ceará, quatro unidades da Rede Sesa contam com Crie: o Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte; o Hospital Regional Norte, em Sobral; e, na Capital, os hospitais Infantil Albert Sabin (Hias) e Geral de Fortaleza (HGF).

Infografia: Júlio Lopes/Sesa

Programação

Para marcar o mês de combate e prevenção às hepatites virais, a Sesa realiza várias ações de prevenção e conscientização sobre as doenças. A programação será aberta com testagem e vacinação das hepatites virais do dia 15 ao dia 19 de julho, no Vapt Vupt do Papicu. A mesma ação ocorre nos Vapt Vupts do Antônio Bezerra, do dia 22 ao dia 26 e de Messejana, do dia 29 de julho ao dia 2 de agosto.

Na segunda-feira (14), às 14h, irá acontecer um webinar sobre as “Hepatites Virais no Ceará: Desafios e Avanços na Rede de Atenção à Saúde”. Entre os assuntos abordados, estão o Cenário Epidemiológico das Hepatites Virais em 2025, o atendimento às doenças na Atenção Primária e vacinas e imunobiológicos especiais na prevenção dessas doenças. Será possível assistir no YouTube da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).

No dia 16, será promovido um seminário também com tema “Hepatites Virais no Ceará: Desafios e Avanços na Rede de Atenção à Saúde”, às 9h, no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), para estudantes e profissionais de saúde. Programação inclui palestras sobre o cenário epidemiológico no Brasil e no Ceará; Vacinas e Imunoglobulinas: Indicações e estratégias de prevenção; Cuidado integral ao paciente: o papel estratégico da atenção primária; e a atuação do HGF na prestação do cuidado ao paciente com hepatite.

Faça sua inscrição aqui

Um evento de prevenção às hepatites virais ainda está programado para o dia 17, voltado para os trabalhadores do sexo, às 14h, no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde. Essa é uma iniciativa do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/CE) da Sesa, em parceria com o Centro Estadual de Referência LGBT Thina Rodrigues.

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