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Operação da Polícia Federal mira rede de tráfico internacional de drogas entre Ceará e Europa

Organização criminosa utilizava "mulas" – pessoas – para levar cocaína ao exterior

por gazetalitoranea.com.br
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Operação "No Show" cumpre mandados contra tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira, 6, a Operação No Show, que busca desarticular uma rede de tráfico internacional de drogas entre o Ceará, Amapá e São Paulo, com países localizados na Europa. Oito pessoas haviam sido presas até a manhã de hoje, duas delas no estado cearense.

Pelo menos 25 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão, expedidos pela 11ª Vara Federal do Ceará, estão sendo cumpridos. De acordo com apuração feita pelo O POVO, entre os detidos estão: Mariano Miranda da Silva, Adalberto Clementino Leite, Raimundo Egilson Paulino e Maiara Suelene da Silva.

Davi Bento de Oliveira, apontado como líder do esquema e residente de Macapá, capital do Amapá, também teve um mandado de prisão cumprido na operação. Ele já estava preso e agora deve responder pelo crime.

Na manhã desta quarta-feira, 7, estão previstas audiências de custódia, procedimento que busca garantir a avaliação da legalidade da prisão em flagrante.

Além dos mandados de prisão e de apreensão expedidos no Brasil, também foi solicitada à Interpol a emissão de notificações vermelhas para foragidos que estão no exterior.

Modus operandi

A investigação revelou que a organização utilizava humanos para o transporte de entorpecentes, principalmente cocaína, até a região europeia. As “mulas”, como são chamadas as pessoas que carregam a droga, tinham como destino final os países da França, Portugal e Espanha.

Elas ingeriam cápsulas e faziam inserção em cavidades corporais ou fixação ao corpo. De acordo com a PF, a prática representa um alto risco à vida e à segurança dos voos. Em um dos casos relatados, uma ‘mula’, sob efeito da droga, tentou abrir a porta da aeronave durante o voo, colocando passageiros em risco.

Grupo criminoso contava com uma organização para tocar o esquema, estabelecendo funções aos indivíduos que faziam parte da ação. Conforme a instituição de segurança, além de uma força financeira,  eles tinham recrutadores e pessoas que se responsabilizavam pela realização da logística dos transportes.

Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e crime contra a segurança aérea, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Ainda segundo a Policia Federal, o nome da operação “No Show” faz referência à estratégia dos criminosos de não comparecer a voos monitorados para dificultar a ação dos agentes federais.

Fortaleza tem registrado crimes do tipo, com o Aeroporto Internacional entrando na rota de criminosos que pretendem fazer o envio de entorpecentes para outros países, principalmente aqueles localizados na Europa. Passageiros são flagrados normalmente durante fiscalização de rotina da Policia Federal.

Em agosto de 2024, por exemplo, sete pessoas chegaram a ser presas dentro do equipamento, após serem flagradas pelos policiais federais no embarque em Fortaleza com cápsulas de cocaína engolidas e ocultadas. Suspeitos embarcavam em dois voos com destino final em Paris, na França.

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