O nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi oficialmente incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. A decisão ocorre após pedido da Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Agora, Zambelli passa a ser procurada internacionalmente, dias após deixar o País, mesmo condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A condenação também teve motivo no fato de que ela inseriu documentos falsos no sistema, incluindo um mandado de prisão falso contra Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Na manhã de quarta-feira (4), Carla Zambelli estava na Flórida, nos Estados Unidos. A prisão preventiva, inclusive, foi determinada na quarta, com aval do ministro Alexandre de Moraes por pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo informações do portal UOL, Zambelli teria deixado o país ainda no fim de maio, saindo pela fronteira com a Argentina. A assessoria da deputada informou que ela está, atualmente, na Itália.
Com o pedido de prisão, a deputada se pronunciou por meio das redes sociais. “Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, declarou.
Em agosto de 2023, Zambelli teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes, ainda durante as investigações, mas o documento foi devolvido em seguida.
Condenação à prisão
A 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por unanimidade, Carla Zambelli a 10 anos de prisão e à perda do mandato pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além dela, o hacker Walter Delgatti também foi condenado a 8 anos de reclusão e, junto de Zambelli, terá de pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
Pela proposta de Alexandre, Carla Zambelli fica condenada a 10 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, com perda do mandato parlamentar – a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado – e inelegibilidade
O hacker Walter Delgatti, que já cumpre prisão preventiva, foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão, também em regime inicialmente fechado, com ambos arcando com uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.