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Aquiraz: Crianças indígenas aproveitam dia de diversão em parque aquático

Cem alunos da escola indígena Jenipapo-Kanindé participaram, gratuitamente, de um dia de lazer no Beach Park, na última terça-feira, 3

por gazetalitoranea.com.br
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Crianças indígenas Jenipapo-Kanindé visitaram o Beach Park

Um grupo de 100 curumins – nome dado às crianças indígenas – aproveitou um dia repleto de diversão em um dos principais destinos turísticos de Fortaleza e região metropolitana, o Beach Park.

As crianças que foram ao passeio são estudantes da escola indígena Jenipapo-Kanindé, instituição de ensino pertencente à comunidade de mesmo nome, que fica em Aquiraz, cidade a cerca de 30 km de distância da Capital.

Apesar de residirem no mesmo município em que o parque está localizado, muitos alunos indígenas nunca haviam visitado o local.

“É a minha primeira vez no Beach Park. Estou gostando muito, estou muito feliz”, relata Michely Soares, estudante do 9º ano.

Quais os objetivos da visita?

Segundo Glaubiana Alves, titular da Coordenadoria de Assuntos Indígenas, a iniciativa promovida pela Prefeitura de Aquiraz teve como objetivo promover o aprendizado além dos muros da escola, por meio da inclusão social e das trocas de experiências culturais.

“A presença das crianças indígenas no parque promove a valorização da diversidade cultural e a inclusão social. Eles vêm para conviver com outra realidade, além disso, a iniciativa reforça a ideia de que todas as culturas devem ter acesso aos mesmos direitos, às mesmas oportunidades de lazer, fortalecendo a autoestima dessas crianças e o respeito às diferenças”, acrescenta Glaubiana.

A coordenadora afirma ainda que esses momentos de memória afetiva são “muito importantes” para os curumins, e que a experiência incentiva a “convivência harmoniosa entre as crianças nesse espaço e estimula a socialização”.

A escola indígena Jenipapo-Kanindé

A educação escolar indígena do povo Jenipapo-Kanindé, teve início no ano de 1999, e desde então cresceu de forma significativa.

Segundo dados do site da própria comunidade, a Escola Indígena Jenipapo-Kanindé funciona em regime de externato e oferece cursos de educação básica, especificamente nas etapas da educação infantil, ensino fundamental I e II, e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Escola indígena Jenipapo-Kanindé – Crédito: Reprodução/ Site Povo Jenipapo Kanindé

A escola segue a legislação vigente e normas expedidas pelos Conselhos Nacional e Estadual de Educação. Atualmente, conta com 21 funcionários escolares.

Sobre Jenipapo-Kanindé

O povo Jenipapo-Kanindé vive às margens da Lagoa Encantada. Os indígenas do lugar têm como principal fonte de subsistência a agricultura, pescaria, artesanatos, trabalhos formais e informais, inclusive fora da aldeia.

A aldeia é comandada por Cacique Pequena – a primeira mulher cacique do Brasil – e suas duas filhas: Juliana Alves (Cacique Irê) e Maria da Conceição (Cacique Jurema). Assim, Jenipapo-Kanindé é a primeira aldeia do Ceará a contar com um cacicado feminino triplo.

Cacique Pequena, primeira mulher cacique do Brasil – Crédito: Fábio Lima

A aldeia tem como principal forma de fortalecimento cultural e espiritual o Toré, um ritual sagrado praticado pelos povos indígenas do Ceará.

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