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Agro do Ceará tem meta para exportar US$ 1 bilhão

Uma das providências para isso será a iniciativa privada assumir a gestão dos perímetros de irrigação do Dnocs

por gazetalitoranea.com.br
28 visualizações Egídio Serpa/DN
Agro do Ceará tem meta para exportar US$ 1 bilhão

Líderes da agropecuária do Ceará estabeleceram uma meta a ser alcançada ao longo dos próximos cinco anos: dobrar dos atuais US$ 500 milhões para US$ 1 bilhão o total de suas exportações, incluindo não só produtos essencialmente agrícolas, como cera de carnaúba e castanha de caju, mas também frutas, flores, pescados, camarão e carnes de frango e de boi.

“Absolutamente, isso é possível”, como diz Cristiano Maia, presidente da Camarão BR, entidade que congrega os maiores carcinicultores do país, com a concordância de Marden Vasconcelos, sócio e diretor da Tijuca Alimentos, que emprestam “apoio total” ao esforço do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, de cuja mente nasceu a ideia de incrementar as exportações do agro cearense.

Surge a óbvia pergunta: como será possível dobrar o valor das vendas externas do Ceará, se sua agropecuária é – como sempre foi – 100% dependente da água das chuvas? Resposta de 10 em cada 10 empresários do agro: tudo será possível pela irrigação. E para que não haja dúvida, tornemos mais explícito o argumento.

A meta de, em cinco anos, alcançar US$ 1 bilhão em exportação será viabilizada mais rápida e facilmente pela transferência, com urgência, da gestão dos perímetros irrigados do Dnocs para a iniciativa privada. Hoje, esses perímetros ocupam apenas um terço de sua área irrigada, desperdiçam água e energia elétrica, são ineficientemente administrados e produzem culturas inapropriadas, de baixo retorno.

O projeto de dar musculatura às exportações do agro cearense passa pela parceria da Faec com os programas Agro Exportador, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e Agro BR, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

O Mapa tem adidos comerciais em vários países da Europa e da Ásia. Por sua vez, a CNA tem escritórios especializados localizados e em operação na China e em Cingapura, na Ásia, e nos Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio. A ideia dos líderes do agro cearense é utilizar essas duas estruturas em benefício do projeto de duplicar as exportações da agropecuária do Ceará.

Amílcar Silveira, Cristiano Maia e Marden Vasconcelos chamam atenção para a Itaueira Agropecuária, que está retomando sua produção de melão na geografia do Ceará, e com outra boa novidade: a partir de setembro, quando começará a colher sua primeira safra cearense, a Itaueira ampliará suas exportações para o mercado da Europa, onde tem clientes fidelíssimos, principalmente no Reino Unido.

“Eu, pessoalmente, estimo que, dentro de três anos, no máximo, a Itaueira será presença importante no ranking dos grandes exportadores do Ceará, e é com ela, também, que contaremos para alcançar a meta de exportação de US$ 1 bilhão em produtos do agro cearense”, como disse à coluna o presidente da Faec, Amílcar Silveira.

Ele acrescentou que algumas “trades” (empresas intermediárias que facilitam o comércio internacional, principalmente de importação e exportação) já estão conectadas com a Faec, com possibilidade de negócios com os Emirados Árabes Unidos. Um dos emirados tem todo interesse em importar gergelim, produto que o agro cearense pode produzir em escala por meio da irrigação em qualquer área do território estadual. (O gergelim é a semente de uma planta chamada Sesamum indicum, rica em nutrientes e com diversos benefícios para a saúde. É uma semente versátil que pode ser consumida in natura ou utilizada em diversas preparações culinárias, tanto em pratos doces quanto salgados, como informa o Google).

Outro produto incluído entre os que poderão ajudar o agro cearense a dobrar suas exportações é o camarão. O Ceará é o maior produtor nacional, respondendo por cerca de 60% de tudo o que é produzido no país. Há uma boa expectativa de que, ao longo deste ano, o governo do Reino Unido autorize a importação do camarão brasileiro, que é 99% produzido no Nordeste. Cristiano Maia, presidente da Camarão BR e dono da Camarões Samaria, maior produtora nacional, acompanha as tratativas que os ministérios da Agricultura e de Relações Exteriores mantêm com o governo britânico.

“Chegarmos a US$ 1 bilhão em exportação de produtos do agro cearense é uma meta viável. Basta que unamos nossos esforços”, disse, finalizando, o presidente da Faec.

Cearense Fertsan lança novos produtos 

Empresa nacional de biotecnologia, que produz insumos agrícolas sustentáveis, a Fertsan, com sede em Fortaleza, lançará nesta semana, na Pecnordeste, que começará amanhã no Centro de Eventos do Ceará, sua primeira linha de produtos voltados ao consumidor final.

A estreia da Fertsan nesse mercado vem com quatro fertilizantes fisiológicos de base natural e tecnologia fisioativadora, que atuam diretamente no metabolismo das plantas para estimular sua produtividade, sua resistência e sua vitalidade.

De acordo com o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Fertsan, Alexandre Craveiro, os novos produtos trazem uma composição inovadora e atendem desde o cultivo doméstico de plantas ornamentais até gramados esportivos e pastagens. São eles o FT Garden, o FT Garden Plus, o FT Pasto e o FT Grass.

Os produtos da Fertsan já são consumidos por grandes empresas do agro do Sul, Sudeste e Centro Oeste e, também, do Oeste da Bahia, como informa o sócio e diretor da empresa, Luiz Eugênio Pontes.

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