Em um esforço conjunto para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico, o Governo do Ceará e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o apoio do Ministério da Saúde (MS), anunciaram dois novos empreendimentos no Distrito de Inovação e Saúde do Ceará (DIS-CE), localizado no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. Os projetos, que representam um marco na área da saúde no estado, são o Complexo Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE), do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), e a Biofábrica de Wolbachia, voltada para o controle de arboviroses. O investimento total ultrapassa R$ 1 bilhão e promete transformar a saúde pública no Ceará e em todo o Brasil.
O anúncio foi feito na terça-feira (11) e contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o governador Elmano de Freitas, o procurador-Geral do Estado, Rafael Machado, e a secretária da Saúde, Tânia Mara Coelho. Durante o evento, o governador destacou a relevância do projeto para o futuro do estado, afirmando que “Estamos aqui para reafirmar o nosso compromisso com esse projeto, porque consideramos muito importante e estratégico. O que estamos fazendo aqui é importante para a história do Ceará”.
A assinatura do contrato para o início das obras do CTIE está prevista para este mês, com o início da construção estimado para o primeiro semestre de 2025. O projeto deve ser concluído dentro de um prazo de 20 meses. Já a Biofábrica de Wolbachia, que começou a ser construída em dezembro de 2024, tem previsão de entrega para agosto de 2025.
Juliano Lima, diretor-executivo da Fiocruz, celebrou a parceria com o Ceará, destacando a importância dessa iniciativa para o fortalecimento da Fiocruz e para o país. “Para nós é um momento muito importante, porque a Fiocruz tem aqui no Ceará, no Eusébio, um dos seus projetos mais relevantes, pensando no agora e pensando no futuro da Fiocruz. Nós, hoje, acredito que deslanchamos um componente muito importante do nosso projeto aqui, porque a Fiocruz Ceará desenvolveu enormemente no campo da ciência e educação, e tem um papel importante no Brasil todo, e agora damos esse grande salto para o componente tecnológico e industrial. Esse projeto mostra que é possível associar desenvolvimento econômico e social através da saúde”, ressaltou.
O CTIE será uma unidade de alta tecnologia dedicada à produção de ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs), essenciais para a fabricação de biofármacos que tratam desde doenças crônicas até tipos específicos de câncer e doenças inflamatórias, como artrite reumatoide. Este empreendimento está inserido na estratégia do Ministério da Saúde de fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com um investimento de R$ 1 bilhão proveniente do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.
