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HGF realiza primeira reconstrução mamária por técnica que utiliza tecido abdominal da própria paciente

A técnica DIEP é considerada uma das abordagens mais seguras para a reconstrução mamária

por gazetalitoranea.com.br
Da Ascom HGF
A técnica DIEP é considerada uma das abordagens mais seguras para a reconstrução mamária.

O Hospital Geral de Fortaleza (HGF), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou, na quarta-feira (16), a primeira reconstrução mamária utilizando a técnica DIEP (do inglês, Deep Inferior Epigastric Perforator). O método cirúrgico é indicado para mulheres que passaram por tratamento oncológico e possibilita a reconstrução do seio a partir do tecido abdominal da própria paciente, com resultados mais naturais e esteticamente satisfatórios.

Durante o procedimento, uma porção de pele e gordura da região inferior do abdômen é utilizada para formar a nova mama, sem danificar a musculatura abdominal. Cirurgião plástico do HGF, Roney Fechine explica que o procedimento é de alta complexidade e realizado por meio da técnica de microcirurgia. “Utilizamos um microscópio para conectar os vasos sanguíneos menores, garantindo a vascularização do retalho de pele que formará a nova mama e estabelecendo a comunicação da região com o restante do corpo”, detalha o médico.

Embora seja um procedimento complexo, Fechine destaca o impacto positivo: “a mastectomia — retirada da mama — representa um grande trauma para as pacientes de câncer de mama. Então proporcionar uma reconstrução mamária mais realista é um grande avanço para os profissionais do hospital, mas principalmente para as mulheres beneficiadas”.

Método inovador
A técnica DIEP é considerada uma das abordagens mais seguras para a reconstrução mamária. Além de reduzir os riscos de rejeição em comparação a próteses de silicone, o método apresenta melhores resultados. Isto ocorre devido à utilização de células do próprio corpo da paciente, tornando o processo mais natural, explica o especialista.

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Embora amplamente utilizada mundialmente, a técnica ainda é pouco comum no Brasil. A adoção do método pelo HGF representa um marco, abrindo caminho para que outros procedimentos avançados sejam implementados. “Hoje, não apenas introduzimos o método em todo o Ceará, como também reforçamos a importância do treinamento em microcirurgia, com resultados mais eficazes para nossas pacientes”, afirma Fechine.

A cirurgia é indicada para pacientes jovens, sem comorbidades e com porte físico adequado para a retirada da camada de gordura e pele.

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